
O ministro Alexandre de Moraes decidiu abrir um inquérito contra o deputado licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), após ministros do tribunal se queixarem do que consideraram falta de ações do Itamaraty no caso.
De acordo com relatos, que teriam sido feitos ao jornal Folha de S.Paulo sob condição de anonimato, Moraes e outros ministros criticaram em conversas reservadas com outros integrantes da cúpula do Judiciário o fato de o Ministério das Relações Exteriores não ter se manifestado após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ter ameaçado impor sanções contra o magistrado.
Na avaliação de parte dos ministros do Supremo, as ameaças mereciam um posicionamento mais enfático da chancelaria.
Um integrante do Supremo afirmou, sob reserva, que a abertura do inquérito também seria uma resposta à escalada das ações de Eduardo Bolsonaro contra ministros do Supremo. Pois bem, para o jurista André Marsiglia, o que sugere a matéria, que ouviu ministros sob reserva, é grave, sob dois aspectos:
1) O inquérito teria sido aberto sem motivação jurídica, por retaliação a Eduardo e omissão do Itamaraty.
2) A PGR não teria agido com autonomia, meramente servindo a interesses do STF.
Assim, a situação só piora e as arbitrariedade vão ficando mais explícitas.
Jornal da cidade