A crítica feita por Deltan Dallagnol à decisão de Alexandre de Moraes e à cobertura da Folha de S.Paulo* sobre o caso reflete um sentimento crescente de desconfiança em relação ao funcionamento das instituições brasileiras, particularmente em relação ao STF e à condução dos processos envolvendo figuras políticas como o ex-presidente Jair Bolsonaro. A acusação de que Moraes se coloca simultaneamente como juiz e vítima, ao se auto-citar 44 vezes na decisão que autorizou a operação da PF, é um ponto de controvérsia legítimo, especialmente no que diz respeito ao princípio da imparcialidade judicial. A questão fundamental aqui é o conceito de imparcialidade do juiz, que, em uma democracia saudável, exige que aqueles que julgam um caso não se vejam como parte interessada. Quando o próprio juiz se coloca no centro da decisão, criando a imagem de vítima ao mesmo tempo em que exerce a função de juiz, isso fragiliza a confiança na equidade do processo. No caso específico de M
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