
Polícia Federal incluiu o pastor Silas Malafaia, aliado de Jair Bolsonaro, no inquérito que apura a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos. Segundo a Globonews, os crimes investigados são: coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Malafaia foi o organizador do ato de apoio a Bolsonaro em 3 de agosto. Por aparecer no evento em um vídeo transmitido por terceiros nas redes sociais, Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em 4 de agosto.
O que diz Malafaia
Em vídeo publicado nas redes sociais, Malafaia afirmou ter sido informado sobre sua inclusão no inquérito pela imprensa.
“O que me pasma, o que me deixa assim de boca aberta, é que eu sei disso pela Globonews. Olha o que o repórter diz com exclusividade. Eu não recebo notificação nenhuma. Que país é esse? Onde a Polícia Federal vaza alguma acusação contra alguém para Globo e depois você vai ficar sabendo”, disse o pastor antes de exibir um trecho do noticiário da emissora.
“Sabe o que isso prova? Que as denúncias que eu tenho feito durante quatro anos em mais de 50 vídeos denunciando o ditador da toga, Alexandre Moraes, mostrando nas leis, na Constituição, os seus crimes, que ele institui o crime de opinião. E agora nós estamos vendo a Polícia Federal promover perseguição. A Polícia Federal virou Gestapo, do nazismo? KGB, da União Soviética?”, acrescentou.
Malafaia afirmou que não irá se calar.
“E eu não vou me calar porque eu não tenho medo de vocês. Muito pelo contrário. Isso para mim soa como algo em que eu vou me posicionar duramente, baseado na Constituição. Não tem um vídeo meu contra Alexandre de Moraes. Todas as manifestações que eu coordenei, que eu cito ele baseado na lei, nos crimes que ele tem cometido e que grande parte da imprensa encobre os crimes de Alexandre de Moraes. Essas são as verdades. Não tenho medo”, disse.
Atuação nos EUA?
Sobre a possível atuação junto a autoridades do governo Trump para pressionar o STF, o pastor negou envolvimento. “Eu não falo inglês, não conheço nenhuma autoridade, não tenho conhecimento com nenhuma autoridade americana”, disse.
O Antagonista