
O ministro André Mendonça, do STF, entrou em campo para defender o pastor Silas Malafaia, após ele ser incluído no inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o ex-comentarista Paulo Figueiredo. A medida, determinada por Alexandre de Moraes, gerou forte reação na base evangélica e acendeu o alerta sobre um possível novo embate com a Corte.
Segundo relatos, Mendonça procurou colegas como Gilmar Mendes para alertar que a decisão poderia aumentar a tensão política e mobilizar ainda mais o segmento evangélico contra o Supremo. O ministro, que é pastor presbiteriano, tem atuado para conter a escalada de atritos e preservar a imagem institucional do STF em meio às crescentes críticas.
Mendonça também conversou com o presidente da Câmara, Hugo Motta, reforçando o mesmo recado: era preciso “baixar a fervura” para evitar que a inclusão de Malafaia na investigação alimentasse uma nova crise. O inquérito apura supostas ações contra autoridades e tentativas de obter sanções internacionais contra o Brasil.
O caso está sob relatoria de Alexandre de Moraes, que sustenta que as ações investigadas visam influenciar o processo em que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado. Apesar da pressão nos bastidores, não há sinal de que Moraes vá recuar da decisão que incluiu o líder religioso no rol de investigados.