
Durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou a alegação da defesa do general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira de que ele teria sido “desestabilizado psicologicamente” por um delegado da Polícia Federal durante o inquérito. Moraes afirmou que não é crível que um general de quatro estrelas se sinta desestabilizado por um comentário de delegado, destacando a falta de comprovação dessa alegação .
A defesa do general Estevam Teófilo alegou que o delegado Fábio Shor teria tentado desestabilizá-lo psicologicamente durante o inquérito. No entanto, Moraes considerou que essa tese carece de fundamentação e provas, rejeitando a preliminar apresentada pelos advogados do militar .
Essa decisão ocorreu no contexto do julgamento do “núcleo 3” da suposta trama golpista, composto por 11 militares do Exército e um policial federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa esse grupo de planejar ações táticas para viabilizar um golpe, incluindo pressão sobre o alto comando das Forças Armadas .
A postura firme de Moraes durante o julgamento reflete sua condução rigorosa das audiências relacionadas à investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A rejeição da alegação da defesa do general Estevam Teófilo destaca a ênfase do ministro na necessidade de provas concretas para fundamentar as alegações apresentadas.