A desculpa esfarrapada de Lula para não ir ao 1º de Maio após fiasco

Após o fracasso retumbante no 1º de Maio de 2024, o presidente Lula decidiu não comparecer aos atos deste ano promovidos pelas centrais sindicais. A justificativa do petista, segundo a imprensa, foi o “desgaste” de ir a dois eventos diferentes: um em São Paulo e outro em São Bernardo do Campo, seu reduto político. Para muitos, trata-se de uma desculpa esfarrapada para evitar novo constrangimento público.

Lula alegou a aliados que sua ausência se deve ao fato de não conseguir estar presente nos dois locais ao mesmo tempo. Mas a verdade é que a sua popularidade entre os próprios sindicatos parece estar derretendo. Em vez de atrair multidões, como nos tempos áureos da esquerda sindicalista, o evento em 2024 escancarou um esvaziamento vergonhoso.

No ano passado, o próprio Lula demonstrou irritação com o fiasco do ato. Publicamente, culpou o ministro Márcio Macêdo pela má convocação. Na tentativa de disfarçar o fracasso, o presidente fez cobranças durante o evento, mas o constrangimento já havia tomado conta do palco. A presença de bandeiras da Rússia com a letra “Z” – símbolo da invasão à Ucrânia – só reforçou o viés ideológico radical e fora da realidade da militância.

Este ano, pela primeira vez em seu atual mandato, Lula simplesmente desistiu de aparecer. A ausência em um evento historicamente simbólico para a esquerda trabalhista confirma o desgaste de sua imagem, não apenas junto ao povo, mas até entre os próprios sindicatos que sempre o apoiaram com fervor.

O 1º de Maio, que já foi palco de discursos inflamados e promessas populistas, se tornou agora um espelho da decadência política e da desconexão do governo com a base popular. A simbologia do “Lula sindicalista” já não causa mais mobilização, apenas bocejos e desânimo.