A fabricante brasileira de armas Taurus Armas, uma das maiores do mundo e dependente do mercado americano (85 % das exportações), enfrenta uma grave crise após o anúncio de tarifas de até 50 % pelo governo Trump sobre produtos brasileiros. Essa medida levou a uma queda de aproximadamente 21 % nas ações da empresa, resultando em perdas de mais de R$ 200 milhões em valor de mercado
Com o endurecimento do protecionismo comercial dos EUA, a Taurus avalia medidas drásticas, incluindo a possível retirada de operações do Brasil. Embora parte da produção já funcione na Geórgia (EUA), representando 28 % da produção global, isso ainda não é suficiente para compensar o impacto total das tarifas
Se a retirada se concretizar, estima-se que até 15.000 funcionários podem ser demitidos no Brasil, o que representaria um golpe devastador para os empregos diretos e indiretos no setor industrial e em toda a cadeia de fornecimento. O impacto econômico e social seria enorme, com regiões inteiras afetadas pela perda de renda e atividade industrial.
O CEO da Taurus, Salesio Nuhs, já classificou as tarifas como “praticamente um embargo comercial” e iniciou negociações com o governo federal, incluindo reuniões com o vice-presidente Geraldo Alckmin, para tentar reverter ou amenizar os efeitos da medidaFontes da Reuters já destacaram que a produção nos EUA, com capacidade de até 3.000 armas por dia, é vista como a principal forma de minimizar os danos — em comparação aos 7.000 produzidos diariamente no Brasil. Ainda assim, essa estratégia não evita completamente o risco de fechamento de operações no país
Para o setor conservador, este cenário evidencia os riscos de dependência do mercado americano e efeitos colaterais das políticas ideológicas do governo Lula, que deixaram o Brasil vulnerável a medidas protecionistas com retornos práticos para empresas como a Taurus.