
Está definido: os brasileiros da melhor idade serão reembolsados pelo governo federal. Traduzindo: todos nós iremos arcar com essa conta. Como não há recursos disponíveis, o rombo vai direto para o “cheque especial da União”, que será quitado com juros extorsivos e dívida empurrada para o futuro.
E os grupos que ficaram com o dinheiro? Haverá responsabilização? O erário será compensado? Ou vai passar em branco, como tantos outros escândalos que somem no tempo? Até agora, nenhuma resposta concreta — apenas silêncio, proteção e impunidade.
Ao decidir bancar o prejuízo dos atingidos, o governo assume indiretamente a autoria dos descontos ilegais, mesmo não tendo sido o destino final do dinheiro. O valor acabou nos caixas de entidades aliadas, sem qualquer transparência. Na prática, teremos uma transferência bilionária de fundos públicos para organizações privilegiadas.
E assim se sustenta a estrutura de poder baseada em vínculos ideológicos e conveniências políticas. Recursos que deveriam estar nas mãos da população são redirecionados de forma obscura. Bem-vindo à versão moderna do país onde quem trabalha paga e quem grita mais alto colhe os frutos.