
O ministro Alexandre de Moraes, mais uma vez, prorrogou o inquérito da Polícia Federal que investiga uma suposta conspiração para impedir a posse de Lula e Alckmin em 2022. Mesmo sem provas conclusivas, o processo segue aberto com o objetivo claro de alimentar a narrativa de “golpe” que o governo do PT tenta sustentar a qualquer custo.
A decisão, assinada nesta sexta-feira (4), estende a investigação por mais 60 dias, atendendo a pedido da própria Polícia Federal, que segue subordinada e obediente ao sistema. É mais uma prorrogação de um inquérito que parece não ter fim — apenas utilidade política.
A PF diz apurar um plano supostamente articulado por militares ligados às Forças Especiais — apelidados de “kids pretos” — que teriam cogitado ações contra autoridades. No entanto, até agora, os indícios são frágeis e baseados mais em especulações do que em fatos concretos. O caso já resultou na prisão preventiva de cinco pessoas, inclusive um general da reserva e um agente da própria PF.
O que se vê é o uso instrumentalizado do judiciário para manter a perseguição contra qualquer grupo que represente oposição à esquerda. O Supremo, que deveria ser guardião da Constituição, se mostra cada vez mais um braço político ativo do governo.
O inquérito segue vivo porque atende à necessidade do sistema de manter Jair Bolsonaro e seus aliados na berlinda, sob constante ataque. É o estado de exceção disfarçado de legalidade que se tornou regra no Brasil do PT.