Dois anos depois de defender que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria necessária para “salvar a democracia brasileira”, a revista britânica The Economist mudou radicalmente de posição. Em uma nova reportagem publicada neste domingo (29), intitulada Sonhos Desbotados, o veículo acusa Lula de perder relevância internacional, se tornar hostil ao Ocidente e se isolar até mesmo dentro da América Latina.

A imagem escolhida para ilustrar a matéria é simbólica: Lula aparece segurando um balão com as cores do Brasil, enquanto uma mão gigante se aproxima com um alfinete para estourá-lo. O desenho representa a perda de prestígio e o colapso da influência do petista. Segundo a revista, esse movimento é o prenúncio de que a direita brasileira voltará ao poder nas eleições de 2026 com força total.

De acordo com a publicação, o Brasil hoje está isolado dos principais países ocidentais, enfraquecido em sua própria vizinhança e cada vez mais alinhado a regimes autoritários como Rússia, China e Irã. A reportagem afirma que o país, antes visto como ator estratégico global, agora se comporta como antagonista das democracias ocidentais ao seguir o alinhamento geopolítico do bloco BRICS.

A revista também critica duramente o Itamaraty, que publicou nota condenando os Estados Unidos por ataques a instalações nucleares iranianas. Para o periódico britânico, o tom usado pelo governo Lula foi agressivo e completamente destoante do posicionamento adotado pelas democracias do Ocidente. O episódio escancarou o alinhamento ideológico com os inimigos históricos dos EUA.

A matéria cita ainda que, desde a vitória de Donald Trump, Lula não deu nenhum passo no sentido de reconstruir pontes com os americanos. Em vez disso, priorizou uma aproximação com o regime chinês. Para o professor Matias Spektor, da Fundação Getulio Vargas (FGV), citado na matéria, o governo brasileiro tenta se manter “não alinhado”, mas essa estratégia se torna insustentável diante do uso político do BRICS por Rússia e China.

A The Economist também expôs o fracasso de Lula em unir os países da América Latina diante da guerra tarifária imposta pelos Estados Unidos e das políticas migratórias. Além disso, o petista tem demonstrado resistência em dialogar com Javier Milei, presidente da Argentina e representante da nova direita sul-americana, aprofundando ainda mais o isolamento regional do Brasil.

No cenário interno, a revista não poupou críticas. O texto citou como exemplo da fragilidade do governo a derrota no Congresso com a derrubada do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A votação foi lida como um sinal de que Lula perdeu completamente o controle sobre a base aliada e já não consegue aprovar medidas básicas no Legislativo.

A matéria conclui dizendo que Jair Bolsonaro ainda não apontou um sucessor para disputar as eleições de 2026. No entanto, se isso acontecer e a direita se unir, a vitória no próximo pleito presidencial é praticamente certa. O petismo, segundo a publicação, já não empolga mais ninguém, nem dentro nem fora do Brasil.

By Jornal da Direita Online

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