Trabalhos entregues por Eduardo Bolsonaro a autoridades dos EUA levantaram a análise de sanções contra assessores de Alexandre de Moraes. Documentos foram produzidos quando Moraes presidia o TSE e incluem informações sobre investigados nos atos golpistas de 8 de janeiro. As ações estariam embasadas em postagens políticas usadas como referência para decisões judiciais. Autoridades norte-americanas tratam o material como grave e avaliam punições como revogação de vistos.
A ofensiva foi articulada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que mobilizou reuniões em Washington para pressionar por sanções a integrantes do gabinete de Moraes, tanto no TSE quanto no STF. A mobilização se deu após Moraes ter sido sancionado sob a Lei Magnitsky. O objetivo era estender as penalidades aos auxiliares do ministro. A pressão diplomática foi reforçada pelos papéis produzidos, que indicariam possível violação de direitos.
As sanções em estudo incluem medidas contra quem colaborou com Moraes em decisões sensíveis. Parlamentares envolvidos esperam que os bancos sejam obrigados a cumprir sanções financeiras, sob risco de multas. Eduardo sinalizou que “a temperatura pode aumentar” para autoridades ligadas, caso instruções não sejam seguidas. A articulação destaca uma nova escalada política com impacto jurídico internacional.
Esse tipo de sanção pode representar um elemento inédito na política brasileira. Assessores de um magistrado já sancionado pelo governo dos EUA correm o risco de restrições financeiras e de mobilidade. A iniciativa tem potencial para afetar operações bancárias e proteger o sistema financeiro norte-americano contra envolvimentos indiretos com alvos investigados. A medida sinaliza que a influência política ultrapassa a figura do ministro.
O desdobramento dependerá da resposta dos EUA às articulações de Eduardo Bolsonaro. A tramitação agora poderá envolver órgãos como o Departamento do Tesouro ou Departamento de Estado. A possibilidade de sanções torna o caso um marco na interferência externa sobre autoridades brasileiras. As próximas semanas serão decisivas para definir o alcance e efeitos dessas medidas.