
Apesar da pressão crescente e do tom firme adotado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os ministros do Supremo Tribunal Federal demonstram tranquilidade quanto ao destino de Alexandre de Moraes: o impeachment não será pautado. A confiança vem da postura do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que se recusa a abrir qualquer processo contra um magistrado da Corte.
Segundo revelado pelo parlamentar curitibano Guilherme Kilter, a razão para essa blindagem seria a relação de dependência direta de Alcolumbre com os próprios ministros do STF. Ele estaria, nas palavras de opositores, “nas mãos” do tribunal, o que explicaria sua resistência mesmo diante da mobilização de 41 senadores favoráveis ao afastamento de Moraes.
Essa situação, apontam críticos, é gravíssima para a democracia, pois indica que a Casa responsável por fiscalizar e responsabilizar ministros do Supremo estaria sob controle daqueles que deveria investigar. Isso tornaria qualquer tentativa de contenção de abusos do Judiciário inviável no atual cenário político.
Enquanto isso, cresce o clima de indignação no meio político e entre cidadãos que enxergam no Senado a última barreira para conter a escalada de decisões arbitrárias do STF. Mas, com Alcolumbre no comando, essa barreira parece ter sido derrubada por completo.
