O União Brasil decidiu nesta quarta-feira (8) afastar o ministro do Turismo, Celso Sabino, e abrir um processo disciplinar que pode resultar em sua expulsão definitiva da legenda. A decisão, tomada pela executiva nacional em Brasília, ocorreu após o partido concluir que Sabino cometeu infidelidade partidária ao insistir em permanecer no governo do petista Lula, mesmo após a sigla determinar o rompimento com o Planalto.

Durante a reunião, que contou com a presença do próprio ministro, foram aceitas duas representações internas contra Sabino. A primeira pede a dissolução do diretório do União Brasil no Pará, base política do ministro. A segunda trata da abertura formal do processo de expulsão, que, segundo fontes internas, deve durar cerca de dois meses até a decisão final. Apenas duas vozes discordaram da dissolução, e o único voto contrário ao afastamento foi o do próprio Sabino. Mesmo assim, ele alega ainda contar com o apoio de parte da bancada.

Logo após o anúncio, o ministro reagiu com descontentamento e disse que a medida é prejudicial ao país, especialmente às vésperas da COP30, que será realizada em Belém, sua cidade natal. “É no meu estado, na cidade onde eu nasci, e temos muita coisa ainda a entregar até a realização desse evento. Tenho responsabilidade com o governo e com as ações em andamento no Ministério do Turismo”, declarou. Sabino ainda defendeu sua permanência ao lado de Lula, alegando que “esse é o melhor projeto para o país”.

A declaração causou indignação entre membros do União Brasil, que enxergam no ministro uma aliança explícita com o PT em troca de cargos e benefícios. O partido, que tenta se distanciar do governo Lula para recompor sua imagem de centro-direita, considerou a fala de Sabino como uma afronta à nova linha política da legenda. Apesar da tentativa de se justificar, o ministro já é visto por aliados como politicamente isolado, com poucas chances de reverter a decisão.

A crise evidencia o racha interno no União Brasil, que busca reconstruir sua coerência ideológica após participar de um governo marcado por escândalos, censura e ingerência sobre instituições. A manutenção de Sabino no cargo seria, para muitos dirigentes, incompatível com o novo posicionamento da legenda, que pretende se firmar como alternativa ao projeto petista e fortalecer o campo de centro-direita para as eleições de 2026.

By Jornal da Direita Online

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