O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a mostrar seu estilo inflexível ao analisar o caso do coronel Klepter Rosa Gonçalves, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal. O policial, que é réu na investigação do 8 de Janeiro, foi acusado de descumprir medidas cautelares em abril deste ano, quando sua tornozeleira eletrônica ficou desligada por falta de bateria. Mesmo aceitando a justificativa, Moraes deixou clara a ameaça de prisão imediata caso a situação se repita.

Segundo a decisão do ministro, o não carregamento do equipamento foi tolerado “diante da explicação razoável”, mas ele advertiu que, na próxima falha, a conversão em prisão preventiva será automática, com base no artigo 312 do Código de Processo Penal. O tom da decisão reforça o perfil de Moraes, que age como fiscal implacável dos investigados do 8 de Janeiro, tratando com mão de ferro até falhas técnicas de monitoramento.

Klepter é um dos sete oficiais da PMDF que se tornaram réus no STF por suposta omissão nos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A acusação, feita pela Procuradoria-Geral da República, sustenta que os oficiais não teriam atuado de forma eficaz para conter os manifestantes que ocuparam prédios públicos em Brasília. Os militares negam qualquer omissão ou conivência, e defendem que seguiram todos os protocolos operacionais naquele dia.

O julgamento da cúpula da PMDF está marcado para 8 de agosto, em plenário virtual. Nesse formato, Moraes incluirá seu voto no sistema, e os demais ministros terão prazo para acompanhar ou divergir. Embora virtual, o julgamento terá peso político e simbólico — especialmente por envolver oficiais da segurança pública que têm amplo apoio dentro das corporações e da base conservadora.

O recado de Moraes é claro: qualquer falha, mesmo que técnica ou pontual, será tratada com rigidez absoluta. Críticos apontam que o tratamento dispensado aos militares envolvidos no 8/1 contrasta com a leniência vista em outros processos, especialmente quando os réus são ligados à esquerda. Para muitos, trata-se de um claro exemplo de justiça com viés ideológico e punição seletiva.

By Jornal da Direita Online

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