
A tensão dentro da própria direita brasileira voltou aos holofotes após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagir de forma incisiva a uma crítica feita pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista, o general da reserva se disse contrário à postura de Trump em opinar sobre os abusos cometidos contra Jair Bolsonaro, chamando de “intromissão estrangeira”.
A fala não pegou bem entre os aliados da direita. Sem utilizar longos argumentos, Eduardo Bolsonaro publicou uma foto de Mourão com o então embaixador da China, acompanhada de uma legenda direta e carregada de ironia: “Na mesma época dessa foto, recebi duas cartas da Embaixada da China com ameaças veladas por eu ter criticado o regime comunista. O general não deu um pio.” A publicação foi vista como um recado claro de que quem se calou diante da China não tem moral para atacar Trump.
A resposta de Eduardo foi celebrada nas redes sociais. Para muitos internautas, Mourão foi omisso quando o Brasil era pressionado por potências comunistas, mas agora tenta posar de defensor da soberania quando o apoio vem justamente do maior aliado da direita mundial. Donald Trump, ao contrário, tem se mostrado solidário, denunciando internacionalmente o que chama de perseguição política contra Bolsonaro.
Enquanto Trump denuncia os abusos do Judiciário brasileiro, Mourão prefere criticar quem o apoia. A base conservadora entendeu a diferença. E Eduardo, mais uma vez, provou que sabe usar as redes para expor hipocrisias — sem precisar dizer muito. Bastou uma imagem para desmontar o discurso do senador.
