
O dirigente opositor Henrique Capriles Radonski anunciou, na madrugada deste domingo (24), que o regime de Nicolás Maduro libertou 13 presos políticos após forte pressão internacional. A medida ocorre dias depois do envio de forças militares dos Estados Unidos ao Caribe, numa operação voltada ao combate do narcotráfico e do Cartel de los Soles, organização criminosa ligada ao ditador venezuelano.
Entre os libertados estão o ex-deputado Américo De Grazia, que também possui cidadania italiana, além de Víctor Jurado, Simón Vargas, Arelis Ojeda Escalante, Mayra Castro, Diana Berrío, Margarita Assenzo e Gorka Carnevalli. Outros opositores, como Nabil Maalouf, Valentín Gutiérrez Pineda, Rafael Ramírez, Pedro Guanipa e David Barroso, receberam prisão domiciliar, permanecendo sob vigilância, mas podendo retornar aos lares.
Capriles celebrou o gesto, mas lembrou que a luta continua: “Hoje, várias famílias voltam a abraçar os seus. Sabemos que ainda restam muitos e deles não nos esquecemos. Seguimos lutando por todos”. Opositores destacam que a maioria dos beneficiados pertence ao Primeiro Justiça, um dos principais blocos contrários ao chavismo, e que as solturas resultam de negociações políticas e da pressão direta dos EUA, que há anos exigem a libertação de presos de consciência.
Apesar das medidas, organizações humanitárias alertam que dezenas ainda permanecem encarceradas. A opositora María Corina Machado denunciou que nove presos em Tocorón, no estado de Aragua, tentaram suicídio diante do tratamento desumano, escassez de alimentos e restrição de visitas. Ela lembrou que ao menos seis venezuelanos morreram sob custódia no último ano: “Isso é assassinato, e Nicolás Maduro é o responsável. Haverá justiça. A Venezuela será livre”.