
A mais recente pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta quarta-feira (23), revela um cenário nada animador para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, 57,4% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, o maior índice registrado desde o início do seu terceiro mandato. A aprovação, por sua vez, caiu para 39,2%, refletindo o desgaste do governo perante a opinião pública.
Em comparação com janeiro deste ano, o crescimento da rejeição é significativo. Naquele mês, a desaprovação estava em 50,4%, o que representa uma alta de 7 pontos percentuais em apenas três meses. Já a taxa de aprovação recuou de 42% para os atuais 39,2%, mostrando que a base de apoio do presidente vem se esvaziando de forma gradual, porém constante.
Quando os entrevistados foram questionados sobre a percepção geral do governo, 36,7% o classificaram como “péssimo”, enquanto 11,3% o consideraram “ruim”. Somando essas avaliações negativas, chega-se a quase metade do eleitorado insatisfeito. Outros 24,4% apontaram o governo como “regular”, e somente 18,8% o veem como “bom”. A fatia que o considera “ótimo” representa apenas 7,8% dos entrevistados.
O levantamento foi feito entre os dias 16 e 19 de abril de 2025, com 2.020 entrevistas presenciais em 160 municípios espalhados pelas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança da pesquisa é de 95%.
Além da avaliação de governo, a pesquisa também trouxe dados eleitorais para 2026. Em uma das simulações, Jair Bolsonaro (PL) aparece na frente, com 38,5% das intenções de voto no primeiro turno, contra 33,3% de Lula. O dado é simbólico: mesmo inelegível, o ex-presidente segue sendo uma figura central e mais competitiva que o atual mandatário.
Em um segundo cenário, com Michelle Bolsonaro como candidata, ela aparece com 31,7%, em empate técnico com Lula, que teria 33,7%. O resultado acende o alerta no Planalto: mesmo fora do cargo, Bolsonaro e sua base seguem fortes, enquanto Lula enfrenta crescente desgaste, sem conseguir reconquistar o entusiasmo da população.