
O sonho petista é transformar Jair Bolsonaro em prisioneiro, para tentar igualá-lo artificialmente ao descondenado Lula. Mas essa comparação jamais se sustenta: enquanto Lula foi condenado por corrupção, Bolsonaro sofre perseguição política explícita, sem condenações. A diferença entre eles está na origem dos processos e no nível de confiança popular que representam.
Mesmo assim, o deputado Rogério Correia (PT-MG) entrou com nova petição ao ministro Alexandre de Moraes, solicitando prisão preventiva de Bolsonaro. O argumento central seria o risco de fuga, sustentado por suposições e articulações políticas. O PT tenta forçar a tese de que Bolsonaro poderia pedir asilo político nos Estados Unidos, como se isso fosse crime.
Correia menciona uma suposta tentativa de fuga em 2022, a presença de Eduardo Bolsonaro nos EUA e a recente saída de Carla Zambelli como justificativas para acionar o STF. Segundo ele, a “cadeia de fatos” evidenciaria um plano em andamento para escapar da justiça. Na prática, o deputado tenta criar uma narrativa de pânico institucional contra o líder conservador.
Na manifestação, o petista afirma que as falas de Donald Trump — em apoio aberto a Bolsonaro — estariam criando um ambiente favorável para um pedido internacional de proteção. Uma distorção grosseira, já que o ex-presidente americano apenas denunciou perseguições políticas e defendeu a liberdade de expressão no Brasil, algo que está cada vez mais ameaçado.
A petição pede ainda que, caso a prisão não seja decretada, Bolsonaro seja proibido de sair de Brasília sem autorização e impedido de entrar em qualquer embaixada estrangeira. A intenção é óbvia: isolar politicamente o ex-presidente e cercá-lo judicialmente, retirando sua capacidade de reação e articulação diante do cerco institucional promovido pela esquerda.
O inquérito das “milícias digitais” virou o guarda-chuva jurídico para abrigar qualquer ação contra conservadores. O uso de suposições e narrativas para criminalizar Bolsonaro expõe como o Judiciário está sendo usado como braço político do sistema. Enquanto isso, Lula e seus aliados seguem blindados, mesmo diante de escândalos graves e impunidade crônica.