As acareações realizadas no STF no dia 24 de junho mostraram um cenário desolador para quem esperava provas concretas da suposta tentativa de golpe atribuída a aliados de Bolsonaro. O que se viu foram relatos frágeis, versões contraditórias e uma condução processual questionável por parte do ministro Alexandre de Moraes. Em vez de fortalecer a acusação, os depoimentos revelaram um enredo que mais parece peça de ficção jurídica do que investigação séria.

A principal cena veio do embate entre Mauro Cid e o general Braga Netto. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente acusou o general de lhe entregar uma caixa de vinho recheada com dinheiro vivo. Mas, quando confrontado, admitiu nunca ter aberto a caixa e que teria “deduzido” o valor pelo peso. Braga Netto reagiu com firmeza e o chamou de mentiroso, enquanto Cid, cabisbaixo, preferiu o silêncio. A cena desmontou a tese de acusação baseada em uma suposta delação premiada.

A sequência do depoimento foi ainda mais vexatória. Questionado pelo advogado, Cid reconheceu que nunca viu o conteúdo da caixa, mas que “achava” saber o que havia dentro. Uma afirmação gravíssima como essa não pode se sustentar em suposições. Nenhuma prova, nenhuma testemunha, nenhum registro. Apenas um “achismo” que desmoraliza por completo a narrativa que setores da esquerda tentam vender à opinião pública.

Na acareação entre o ex-ministro Anderson Torres e o general Freire Gomes, o desgaste foi semelhante. A chamada “minuta do golpe”, usada como base da acusação, não passou de um PDF impresso – documento sem valor legal e idêntico a arquivos encontrados na internet. A defesa de Torres provou que se tratava de material acessível a qualquer internauta. Mesmo assim, a perseguição judicial segue firme, como se imprimir uma sugestão de texto fosse crime.

Mais preocupante, porém, foi o método adotado pelo ministro Moraes: sessões secretas, sem imprensa, sem registros oficiais, sem transparência. Uma conduta que compromete qualquer aparência de imparcialidade e fere gravemente o direito de defesa. Em vez de juiz, Moraes atua como parte interessada, conduzindo um processo sob suspeita de motivação política e não jurídica. Isso não é Justiça, é ativismo judicial travestido de legalidade.

A crítica à condução das acareações foi reforçada por juristas como Demóstenes Torres, que classificou todo o processo como “juridicamente irrelevante”. O ex-senador destacou que não se pode condenar ninguém com base em impressões subjetivas, PDFs anônimos e memórias moldadas por interesses pessoais. Ainda assim, o STF mantém prisões e processos com base em versões sem provas, dando sinais claros de parcialidade.

No fim, as acareações não serviram para esclarecer os fatos. Ao contrário: escancararam um processo sem provas, sem equilíbrio e sem justiça. O golpe que tentam imputar ao Planalto talvez esteja, na verdade, sendo arquitetado dentro das cortes superiores. Quando a Justiça vira instrumento de perseguição política, a democracia é quem sangra.

By Jornal da Direita Online

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