
No segundo trimestre de 2025, o Banco do Brasil registrou um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, queda de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho ficou bem abaixo das expectativas do mercado, que estimava cerca de R$ 5 bilhões no trimestre. A alta da inadimplência, especialmente no agronegócio, foi apontada como principal fator do recuo financeiro.
Segundo auxiliares do governo, a queda no lucro foi agravada pelo que chamam de “pauta-bomba” aprovada no Congresso, que criou a expectativa de renegociação de dívidas do setor rural com recursos do Fundo Social do Pré‑Sal, intended para outros fins sociais. Essa medida teria incentivado o adiamento de pagamentos por produtores, elevando as provisões para crédito de liquidação duvidosa.
Internamente, o governo reafirma confiança na presidente do banco, Tarciana Medeiros, afirmando que sua avaliação junto ao Planalto permanece alta. Mesmo com críticas à política, aliados garantem que não há risco de substituição inesperada da executiva à frente da instituição.
O episódio intensifica a tensão entre o Executivo e o Legislativo, diante de disputas por pautas estratégicas e impactos econômicos diretos. A narrativa oficial busca transferir a responsabilidade pelas quedas financeiras ao Congresso, fortalecendo o discurso governamental de que decisões legislativas têm repercussão na economia real.
A análise reforça o risco de instabilidade política e institucional, especialmente em momentos de fragilidade fiscal. A queda relevante no lucro do banco estatal sinaliza possíveis impactos em dividendos, atuação de crédito e confiança do mercado, caso não haja retomada de previsibilidade nas pautas legislativas.