
A crise envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF) promete ganhar proporções ainda maiores nos próximos dias. O ministro Alexandre de Moraes, conhecido por seu protagonismo em decisões polêmicas e de impacto político, teria deixado rastos comprometedores de arbitrariedades e perseguições contra opositores durante sua gestão à frente dos inquéritos que atingem adversários do governo Lula.
Fontes próximas ao caso afirmam que o ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro, hoje fora do país, prepara-se para revelar documentos e provas inéditas de bastidores do chamado “gabinete alexandrino”. Segundo aliados, o material pode expor uma estrutura de perseguição política organizada dentro do STF, com ordens diretas de Moraes para monitorar, censurar e até tentar criminalizar parlamentares, jornalistas e influenciadores alinhados à oposição.
Ao longo dos últimos anos, o ministro acumulou decisões unilaterais que foram questionadas por juristas renomados no Brasil e no exterior, incluindo bloqueios de contas, prisões preventivas arbitrárias, censura a veículos de comunicação e ordens secretas a plataformas digitais. Agora, com a promessa de Tagliaferro de abrir a “caixa-preta” do STF, cresce a expectativa de um terremoto político-jurídico sem precedentes no país.
Especialistas afirmam que, caso as revelações se confirmem, Moraes poderá ser enquadrado por abuso de autoridade e violação de direitos humanos, justamente os motivos que já levaram os Estados Unidos a aplicar a Lei Magnitsky contra ele. A suposta existência de um “aparelho de perseguição institucionalizado” dentro da Suprema Corte colocaria o Brasil num cenário gravíssimo de descrédito internacional e crise entre os poderes.
Nos bastidores, comenta-se que Tagliaferro teria colecionado áudios, e-mails, mensagens e documentos internos capazes de comprovar que parte das investigações em curso foi direcionada para atingir lideranças políticas da direita, num movimento sem precedentes em uma democracia ocidental. Se confirmada a veracidade desse material, a pressão por impeachment e responsabilização internacional do ministro pode se tornar inevitável.