
O jornal Estadão publicou um editorial destacando que o PT teria montado uma espécie de “gabinete do ódio”, similar ao que envolve a direita quando investigada. O texto questiona que, se o STF aplicasse os mesmos critérios a essa atuação petista, isso representaria um ataque à democracia, levantando debates sobre isonomia na fiscalização.
A matéria aponta que o PT e governos Lula teriam promovido campanhas digitais coordenadas, incluindo disparos em massa e atuação de influenciadores, para pressionar o Congressista e impactar políticas como o aumento do IOF. Segundo críticos, essas iniciativas se encaixam com práticas que já motivaram inquéritos contra grupos de direita.
O texto sublinha a paralisa entre a atuação governista e os casos em que o STF enquadrou a direita por utilização de milícias digitais, apontando que ecoadas mobilizações semelhantes do PT ficaram sem resposta judicial. A divergência no tratamento entre os polos políticos é apresentada como dupla moral institucional.
Ainda que o STF regulamente redes sociais para combater fake news e discursos de ódio, o Estadão afirma que a tolerância seletiva reforça tensões democráticas. Para o jornal, o tribunal estaria abdicando de sua neutralidade ao não atuar com o mesmo rigor contra quem exerce pressão midiática do outro lado do espectro político.