
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar uma representação da senadora Damares Alves (Republicanos) que solicitava a investigação de Carlos Lupi, Wolney Queiroz e Alessandro Stefanutto por prevaricação no escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias. A decisão da PGR gerou revolta entre parlamentares e aposentados, que esperavam justiça diante das denúncias graves.
Damares havia protocolado a denúncia em maio, apontando que os três gestores tinham sido alertados diversas vezes sobre as fraudes no INSS, mas nada fizeram. Ela citou atas de reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social como provas de que houve omissão consciente. Para ela, a conduta de Gonet ao arquivar o caso é um retrocesso na luta contra os abusos sofridos pelos aposentados.
A senadora reagiu com indignação pública nas redes sociais. Segundo ela, a PGR simplesmente ignorou os documentos que comprovariam o conhecimento prévio das autoridades envolvidas sobre os descontos ilegais. “Lamentável que a PGR tenha ignorado as atas”, disse, ressaltando que há evidências concretas de conivência.
No centro do escândalo estão milhares de idosos que tiveram valores descontados em nome de associações fantasmas e sindicatos suspeitos, sem autorização. Apesar dos alertas de parlamentares e até de membros do próprio Conselho da Previdência, o governo Lula silenciou e permitiu que a prática continuasse. O prejuízo foi bilionário, afetando diretamente os mais vulneráveis.
A atitude de Gonet reforça a percepção de que há blindagem institucional a favor de aliados do governo. Enquanto Lula protege Lupi e companhia, os aposentados continuam sem respostas e sem reparação imediata. A sensação de impunidade cresce, e a confiança nas instituições vai pelo ralo, especialmente quando a PGR age de forma seletiva.
Mas Damares prometeu resposta: “Pode deixar. A CPMI vem aí e todo mundo vai ser investigado”, afirmou. A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito promete jogar luz sobre o escândalo, abrir a caixa preta do INSS e expor os responsáveis pelo crime silencioso contra os aposentados brasileiros.