
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (14) que o Brasil tenta fazer uma “execução política” contra Jair Bolsonaro e criticou a relação comercial entre os países.
“Eu sou muito bom com pessoas, ele [Jair Bolsonaro] é um homem honesto, acho que o que eles fizeram… essa é uma execução política o que eles estão tentando fazer com Bolsonaro. Acho que isso é terrível”, disse Trump a repórteres na Casa Branca.
“Quando eles pegam um presidente e o colocam na prisão ou estão tentando prendê-lo… Acho que o que fizeram é uma execução política. Ele ama o povo brasileiro e lutou muito por essas pessoas. Acho que isso é uma caça às bruxas e acho muito lamentável”, afirmou.
Não é a primeira vez que Trump se manifesta sobre o assunto. Em 15 de julho, ele associou publicamente a aplicação do tarifaço ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Dois dias depois, divulgou uma carta, com timbre da Casa Branca, em que pediu o fim imediato do processo contra o ex-presidente e acusou o sistema de Justiça brasileiro de ser “injusto”.
O presidente americano falou sobre o assunto após ser questionado se não fica preocupado com a maior aproximação do Brasil com a China.
“Não, não estou preocupado nem um pouco. Não, eles podem fazer o que quiserem, eles não estão indo muito bem. O que nós estamos fazendo em termos de economia, estamos impressionando todo mundo, incluindo a China”, argumentou.
Trump também alegou que o Brasil tem sido um “péssimo parceiro comercial” para os EUA.
“Eles também nos trataram muito mal como parceiros comerciais por muitos e muitos anos, um dos piores países do mundo por isso. Eles cobraram tarifas altíssimas e dificultaram muito fazer qualquer coisa”, adicionou em outro ponto da entrevista coletiva.
Trump afirmou que o Brasil cobra tarifas muito superiores às aplicadas pelos Estados Unidos e que, antes, Washington praticamente não impunha taxas sobre os produtos brasileiros. Segundo ele, o país teria dificultado o comércio, motivo pelo qual passou a ser alvo de tarifas de 50% – o que, na sua avaliação, gerou insatisfação no Brasil, mas “era assim que funcionava”.