O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que não mudará sua postura institucional diante da possibilidade de sanções internacionais, como as aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes. Para ele, é fundamental manter o foco no cumprimento do regimento e da Constituição, sem ceder ao que considera pressões externas indevidas. A posição reflete uma defesa da soberania brasileira frente a interferências estrangeiras.
Em nota oficial e nas redes sociais, Motta ressaltou que o Brasil é um país soberano e não pode respaldar punições impostas por outras nações a integrantes dos Três Poderes da República — Legislativo, Executivo e Judiciário. Ele enfatizou que a Câmara seguirá sendo um espaço de diálogo e equilíbrio institucional, sobretudo em períodos de tensão. A defesa da institucionalidade foi destacada como prioridade.
Questionado sobre críticas que vinculavam sua atuação a sanções americanas, Motta afirmou que sua decisão “é correta e nada nos tirará desse foco”. Reafirmou a autonomia da Câmara em suas deliberações, ainda que receba “avisos” de que sua postura pode atrair sanções no futuro. A declaração aconteceu após menções públicas de que o presidente da Casa poderia ser alvo da Lei Magnitsky, assim como Moraes.
Além disso, Motta descartou atuar sob chantagem ou imposições — principalmente sobre temas controversos como a anistia ampla ou o impeachment de ministros do STF. Ele reafirmou que pautas avançam na Câmara conforme o ambiente político e regimental, e não por força externa. O compromisso com a ordem institucional e o respeito à independência dos Poderes foram ressaltados com firmeza.
A entrevista foi concedida após críticas e tensão política gerada pelo anúncio de sanções da administração americana. Com isso, Motta busca passar uma imagem de resiliência institucional, negando que aceitará constrangimento internacional como elemento condicionante para suas decisões — reforçando, assim, a defesa da soberania nacional e dos ritos democráticos.