
O ministro Alexandre de Moraes, mais uma vez, decidiu agir de forma autoritária e controversa ao cancelar a participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro como testemunha de defesa de Filipe Martins na ação conhecida como “trama golpista”. A decisão gerou forte indignação entre parlamentares da oposição, que enxergam no gesto uma tentativa clara de evitar que verdades incômodas venham à tona no Supremo Tribunal Federal.
Eduardo Bolsonaro estava preparado para apresentar um depoimento contundente, com informações que poderiam lançar luz sobre os abusos cometidos pelo Judiciário durante as investigações. Sua fala prometia expor contradições e possíveis arbitrariedades no processo, o que certamente colocaria Alexandre de Moraes em uma posição constrangedora. A reação do ministro, ao impedir o depoimento, revela o receio que há em se ouvir o outro lado da história.
A justificativa usada por Moraes foi a de que Eduardo também é investigado em outra frente relacionada à mesma ação, o que, na prática, não o impede de testemunhar — especialmente se estiver prestando declarações como parlamentar com conhecimento dos fatos. Na visão de juristas e observadores políticos, esse tipo de bloqueio demonstra um viés inaceitável dentro de um julgamento que deveria prezar pelo contraditório e pela ampla defesa.
A exclusão do deputado do processo de testemunho levanta, mais uma vez, a suspeita de que o Supremo atua como parte interessada, e não como árbitro imparcial. As constantes interferências de Moraes em favor de narrativas alinhadas à esquerda minam ainda mais a confiança da população na mais alta corte do país, que hoje é vista com desconfiança e até desprezo por grande parcela da sociedade.
Filipe Martins, por sua vez, fica mais uma vez impedido de contar com testemunhas estratégicas para sua defesa. A conduta adotada pelo STF reforça a tese de que existe uma perseguição coordenada contra todos que orbitaram em torno do governo Bolsonaro. E ao calar Eduardo, Moraes envia um recado claro: qualquer voz dissonante será silenciada.
Essa decisão não é apenas um ato jurídico; é mais uma demonstração de que o Brasil vive sob uma toga autoritária. Mas quanto mais se tenta calar, mais forte ecoa a verdade. E ela, cedo ou tarde, virá à tona.