O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar desde 4 de agosto, enfrenta uma das fases mais humilhantes e absurdas de toda essa perseguição política. A defesa do ex-presidente apresentou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando autorização para que seu barbeiro de confiança, Charlinston Borges Fernandes, possa ir até sua residência para prestar um simples serviço de barbearia.
Sim, é isso mesmo: Bolsonaro precisa de autorização judicial até para cortar o cabelo. O pedido, assinado por seus advogados, destaca que o atendimento seria exclusivamente profissional, sem qualquer outro tipo de contato ou violação das regras impostas pelo STF. A defesa enfatizou que o barbeiro atende o ex-presidente há muitos anos e que sua visita seria pontual e restrita aos cuidados pessoais.
O documento ressalta que o serviço não implicaria descumprimento das condições judiciais, uma vez que Bolsonaro continua impedido de receber visitas, exceto de familiares, advogados e pessoas expressamente autorizadas por Moraes. Os advogados lembram que o barbeiro não representa risco algum à investigação e que o pedido é apenas uma questão de dignidade pessoal.
A situação expõe o nível de constrangimento e vigilância imposto ao ex-presidente, tratado com mais rigor que criminosos condenados por corrupção e tráfico. Bolsonaro, que sempre viveu de forma simples e honesta, agora precisa de autorização até para aparar o cabelo — um retrato simbólico da perseguição implacável conduzida por Moraes e pelo sistema que tenta, a qualquer custo, aniquilar sua imagem e dignidade.