Gustavo Gayer enfrenta Gleisi e denuncia tentativa de censura

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) rebateu com firmeza a queixa-crime movida pela ministra petista Gleisi Hoffmann, que pede indenização de R$ 30 mil sob a alegação de misoginia. O motivo? Uma postagem crítica em que Gayer ironizou a relação entre Gleisi, seu namorado Lindbergh Farias (PT-RJ) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, após fala do próprio Lula em tom infeliz sobre a ministra.

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal, a defesa de Gayer explicou que não houve qualquer intenção de ofender Gleisi pessoalmente. A publicação, segundo os advogados, teve como objetivo criticar a postura do presidente Lula, que durante a posse da ministra se referiu a ela como uma “mulher bonita” escolhida para dialogar com os presidentes das Casas Legislativas — um comentário que soou, no mínimo, machista e político.

A postagem de Gayer, com seu tom sarcástico característico, ironizou a aproximação forçada entre os três personagens, referindo-se a um “trisal político”. O parlamentar deixou claro que suas declarações estão protegidas pela Constituição, mais precisamente pelo artigo 53, que garante a imunidade parlamentar para opiniões, palavras e votos. Tentativas de criminalizar isso, segundo ele, representam censura e intimidação contra a oposição.

A defesa reiterou que o deputado não fez nenhum ataque pessoal direto à honra de Gleisi, e que tudo se deu dentro do exercício de crítica política e liberdade de expressão. Em vez de debater ideias ou responder às críticas, a ministra optou por judicializar a divergência, atitude que tem se tornado comum entre membros do governo e seus aliados.

Gayer também destacou que suas postagens nas redes sociais seguem entendimentos já pacificados pelo próprio STF sobre o alcance da imunidade parlamentar. Mesmo assim, a Corte aceitou analisar o caso, o que gerou revolta entre apoiadores do deputado, que veem a ação como mais um capítulo da tentativa de calar vozes conservadoras no Congresso.

O episódio escancara o desequilíbrio de forças no cenário político atual. Enquanto a esquerda pode tudo, até transformar um elogio indevido em discurso oficial, a oposição é censurada por qualquer ironia. Gayer, no entanto, não recuou e garantiu que seguirá firme em sua missão de denunciar os absurdos do governo Lula.