Durante sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado nesta quarta-feira (30), o jornalista Glenn Greenwald foi categórico ao denunciar a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como um ataque direto ao jornalismo e à liberdade de expressão. Segundo Glenn, Moraes utiliza o aparato institucional do Estado para censurar críticas e criminalizar reportagens que o incomodam.

Glenn afirmou que Moraes qualificou as matérias da Folha de S.Paulo como “obra de uma organização criminosa”, em mais uma tentativa de calar a imprensa. “Ele interpreta qualquer crítica como crime. Usa o sistema para perseguir jornalistas”, denunciou. As declarações foram feitas em audiência que investigava os áudios vazados do ex-assessor Eduardo Tagliaferro, que revelam o uso indevido da estrutura do TSE por Moraes.

O jornalista americano declarou que Moraes usou o TSE para fins pessoais, indo além de sua competência institucional. “O TSE foi utilizado para investigar protestos sem relação com eleições. Isso é abuso de poder. Isso é ditadura togada”, reforçou Glenn, que foi o responsável pelas reportagens que escancararam os bastidores da atuação irregular do ministro.

Ainda segundo Greenwald, os próprios assessores de Moraes manifestaram temor com as ordens recebidas. “Eles sabiam que estavam ultrapassando os limites legais e se preocupavam com a possibilidade dos fatos virem à tona”, disse. Em um dos trechos mencionados, os assessores demonstraram choque: “Meu Deus, se isso for divulgado, estamos perdidos”.

Outro ponto que chamou atenção foi a denúncia de que diversas autoridades jurídicas no Brasil admitem, em conversas privadas, que há um abuso na atuação de Moraes. “Quando pergunto se querem se manifestar publicamente, respondem com medo: ‘Não posso, ele destrói quem critica’”, relatou o jornalista. A confissão demonstra o clima de intimidação instaurado dentro das instituições.

As revelações de Glenn Greenwald colocam mais pressão sobre o STF e escancaram o grau de autoritarismo que se instalou na corte. Parlamentares de oposição já defendem o aprofundamento das investigações e cobram providências urgentes para frear o que classificam como censura judicial travestida de legalidade.

By Jornal da Direita Online

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