
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, admitiu publicamente que já tinha conhecimento das denúncias de fraudes no INSS. Em uma declaração surpreendente, ele confessou: “Sempre soubemos… o 135 denunciava isso, a gente recebia queixa”. Ou seja, não se trata de um caso novo, e sim de um escândalo que ele próprio ignorou — mesmo com os alertas internos, o esquema avançou até alcançar os atuais R$ 6,3 bilhões desviados.
O mais grave é que durante sua gestão os números explodiram. As denúncias se multiplicaram, e servidores do próprio INSS já foram apontados como envolvidos no esquema criminoso. Dizer que foi “surpreendido com o volume” é, no mínimo, deboche. A omissão é evidente, e a responsabilidade recai diretamente sobre a gestão de Lupi e, por consequência, sobre o governo Lula.
Mesmo diante da gravidade dos fatos, a ministra petista Gleisi Hoffmann saiu em defesa de Lupi, afirmando que “não há motivos para demissão”. Segundo ela, o ministro “está prestando os esclarecimentos” e “vai provar sua inocência”. Mas o próprio Lupi já admitiu que sabia das denúncias — isso por si só bastaria para uma exoneração imediata em qualquer governo sério.
O que vemos, na prática, é um governo que voltou à cena do crime. Os mesmos personagens que protagonizaram escândalos bilionários no passado agora comandam ministérios e repetem o velho padrão: encobrir aliados, minimizar crimes e proteger interesses políticos. O discurso da “nova era” caiu por terra — é o velho PT de sempre, agora com ainda menos vergonha.
A permanência de Lupi no cargo é um acinte ao povo brasileiro, especialmente aos aposentados vítimas diretas desse golpe. O governo Lula, ao proteger um ministro que confessou ter ignorado denúncias, se torna cúmplice de mais um capítulo vergonhoso da história recente do país. A indignação cresce e a pressão pela CPI só aumenta.