
O diretor da Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, em Magé (RJ), informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a unidade não dispõe de estrutura física, equipamentos ou equipe médica especializada necessários para atender ao pós-operatório do ex-deputado Daniel Silveira. A declaração foi feita após determinação do ministro Alexandre de Moraes, que solicitou resposta em 48 horas.
Ele afirmou que o tratamento adequado da cirurgia no joelho exige fisioterapia diária, avaliação médica periódica e uso de medicamentos controlados, recursos que a prisão simplesmente não oferece, impedindo a recuperação plena do paciente. A constatação reforça o pedido de transferência urgente da defesa de Silveira.
A unidade prisional também não possui condições de realizar exames de imagem ou laboratório para monitoramento de possíveis complicações, como infecção articular ou infecção sanguínea. Segundo o diretor, a ausência desses serviços torna inviável qualquer tratamento compatível com a gravidade da situação clínica.
Em paralelo, a defesa de Silveira protocolou 24 pedidos de urgência ao STF, solicitando transferência para hospital e eventual prisão domiciliar humanitária, com base em laudos médicos que relatam risco elevado de trombose, artrofibrose e septicemia caso o tratamento continue no ambiente prisional.
Em resumo, a confirmação pela direção da penitenciária de que Daniel Silveira não tem assistência médica adequada na unidade respalda o apelo da defesa por atendimento externo urgente. O quadro preocupa médicos, juristas e familiares diante das possíveis consequências irreversíveis da internação inadequada.