A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), líder da Minoria na Câmara, deu um passo firme contra mais um escândalo envolvendo a máquina pública. Ela apresentou nesta terça-feira (23) um Requerimento de Informação direcionado ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. A parlamentar quer explicações sobre convênios firmados com entidades suspeitas de fraudar aposentados e pensionistas, após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.
No documento, Caroline exige acesso aos processos que resultaram em contratos com 11 entidades investigadas, entre elas o SINDNAPI, cujo vice-presidente é ninguém menos que Frei Chico, irmão do presidente Lula. A deputada também solicita dados sobre valores descontados indevidamente, atas de reuniões, reclamações registradas e a lista de pessoas que visitaram os gabinetes do ministério e do INSS desde o início do atual governo.
Para a deputada, esse escândalo é o reflexo direto de um governo que trata os mais pobres com descaso. “O rombo de R$ 6,3 bilhões revelado pela Polícia Federal não é um acidente, mas o resultado direto de um sistema corroído pela corrupção e pela negligência”, declarou. Enquanto os aposentados sofrem em filas humilhantes, políticos ligados ao poder enriquecem com esquemas de bastidor.
Caroline foi além ao destacar que o problema não se limita a má gestão. Ela classificou a situação como um verdadeiro “projeto de desumanização”, em que a estrutura estatal tem sido usada para sugar recursos daqueles que mais precisam, tudo com a chancela de entidades conveniadas que atuam sob a proteção do sistema.
Ela ainda chamou atenção para um dado assustador: mais de 1 milhão de reclamações foram feitas por beneficiários lesados por descontos indevidos. E os valores repassados às entidades suspeitas explodiram: de R$ 706 milhões em 2022 para absurdos R$ 2,8 bilhões em 2024, um aumento que expõe a farra com o dinheiro público e a conivência com a corrupção institucionalizada.
Por fim, Caroline de Toni reafirmou seu compromisso com a transparência e a responsabilidade. “Vamos a fundo nessas investigações. O povo brasileiro precisa saber a verdade, e os responsáveis precisam ser punidos”, concluiu. Em tempos de omissão generalizada, sua atitude ecoa como um grito em defesa dos brasileiros esquecidos.