Vídeo: Com apenas uma pergunta, Moro escancara a hipocrisia do STF no caso Collor

O senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, usou suas redes sociais nesta sexta-feira (25) para levantar questionamentos importantes após a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em Maceió (AL). A detenção ocorreu após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou um recurso da defesa de Collor, selando sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. Moro, como sempre, foi direto ao ponto.

No vídeo publicado, o senador indagou por que a prisão demorou tanto tempo para ocorrer. “Por que só agora?”, questionou. Em seguida, criticou o fato de tantos outros envolvidos em escândalos da Petrobras ainda estarem livres, muitos deles beneficiados por decisões controversas do próprio Supremo Tribunal Federal. “Anulações, a meu ver, absolutamente injustificadas”, apontou.

O senador também trouxe à tona outro ponto espinhoso: a entrega da BR Distribuidora a Collor durante os governos do PT. Segundo Moro, isso permitiu que ele “fizesse o que bem entendesse” com a subsidiária da Petrobras, o que gerou um ambiente fértil para desvios e favorecimentos escusos. O comentário reforça o quanto o conluio político-corrupto sempre foi facilitado por articulações dentro do próprio Estado.

Em seguida, o ex-juiz da Lava Jato criticou o retorno das práticas ilícitas no atual governo. Como exemplo, citou o escândalo dos descontos nos benefícios do INSS, que, segundo ele, beneficiaram sindicatos aliados ao governo Lula. Para Moro, esse episódio demonstra que “a roubalheira está voltando com força total”, e os responsáveis seguem impunes ou blindados por alianças no Judiciário.

Por fim, Moro defendeu que o país retome com urgência a pauta do combate à corrupção. Segundo ele, enquanto essa agenda não for priorizada, o Brasil continuará sendo saqueado por dentro. “Precisamos retomar a agenda anticorrupção antes que essa prática do ilícito acabe com o país”, alertou, deixando claro que sua atuação política seguirá firme contra os que trabalham nos bastidores para calar vozes que lutam pela moralidade pública.