
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, conversou por telefone com Lula nesta quarta-feira (9), para combinar a reação oficial às críticas e ao anúncio da tarifa de 50% dos EUA, citada por Donald Trump como retaliação à atuação da Corte brasileira. Ficou definido que a resposta viria por via diplomática, conduzida pelo Itamaraty e pelo Planalto, sem manifestações públicas do STF.
A conversa ocorreu logo após Trump usar termos como “caça às bruxas” para criticar o julgamento de Jair Bolsonaro, e associar a atuação do STF a uma suposta censura de plataformas americanas. Barroso e Lula concordaram em manter o silêncio institucional da Corte, evitando expor mais ainda a crise, e transferir a reação para o campo estritamente político e diplomático.
O alinhamento não convenceu a direita. Para analistas conservadores, a estratégia de combinar fala e silenciamento do STF reforça a visão de que a Corte está influenciando diretamente a resposta do governo. Isso reforçaria a narrativa de interferência e favorecimento ideológico, deixando de lado os interesses dos brasileiros.
Enquanto todo o clã petista e a cúpula do STF se articulam entre si, o agronegócio, os exportadores e o setor industrial nacional observam atônitos. A falta de uma resposta firme e independente coloca em risco a soberania econômica do país e aprofunda a crise na relação com os Estados Unidos. O prejuízo já é sentido no bolso do trabalhador.