
O advogado Jeffrey Chiquini, que atua na defesa do ex-assessor Jair Bolsonaro, Filipe Martins, afirmou que a Polícia Federal investigou o ministro André Mendonça. A declaração foi feita em entrevista à Revista Oeste, onde Chiquini questionou se a apuração ocorreu de forma legítima ou por ordem externa.
Segundo o advogado, o inquérito envolve suspeitas de fraude processual, motivada por uma ação impetrada por Martins, cujo relator era Mendonça. O caso teria ganhado novos contornos após a PF ter encontrado mensagens que sugeriam influência na condução do processo.
Essa situação representa um ineditismo institucional sério: um ministro do STF investigado pela PF — ainda que Chiquini critique a motivação. A circunstância ilustra como o Judiciário entrou num campo raro e sensível de atuação policial direta.
A revelação reacende debates sobre os limites entre judicialização e investigação criminal, sobretudo quando envolve autoridades com foro privilegiado. A repercussão política e jurídica se mostra intensa, com potenciais implicações para a credibilidade institucional.