Nesta terça-feira (2), o ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, apresentou provas contundentes sobre a alteração de data em um relatório utilizado em operação contra empresários investigados. A revelação foi feita durante audiência pública da Comissão de Segurança Pública do Senado, em Brasília (DF), e trouxe novos elementos contra o ministro Alexandre de Moraes.

Tagliaferro, que já chefiou a Assessoria de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE e foi assessor direto de Moraes, exibiu documentos que, segundo ele, comprovam a fraude. O caso envolve a operação da Polícia Federal (PF) de 23 de agosto de 2024, deflagrada por ordem de Moraes, após reportagem sobre empresários em um grupo de WhatsApp.

Segundo o ex-assessor, Moraes ordenou que se “construísse uma história” para dar respaldo à operação. Tagliaferro explicou que, dias depois da ação policial, o juiz-instrutor Airton Vieira solicitou que ele elaborasse um relatório. O documento foi produzido em 28 de agosto, mas no processo aparece como se tivesse sido confeccionado em 22 de agosto, antes da operação da PF. “Foi pedido, através do Alexandre de Moraes, para que se construísse uma história. Assim, a ordem seria confeccionar parecer com data retroativa”, afirmou.

O ex-assessor destacou que a adulteração visava evitar críticas de que a operação se baseara apenas em uma reportagem jornalística. Ele ainda garantiu que preservou as provas usando técnicas de cadeia de custódia, assegurando a autenticidade do material agora revelado.

Diante da gravidade das acusações, senadores da oposição anunciaram que incluirão as denúncias em pedidos de impeachment de Moraes, além de notificar os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e do STF, Luís Roberto Barroso. Também houve a defesa de suspensão imediata do julgamento de Jair Bolsonaro, que ocorre nesta semana na Corte.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que presidiu a sessão, foi enfático: “Hoje está comprovado o modus operandi do marginal Alexandre de Moraes para requentar provas”. Apesar da contundência, Tagliaferro afirmou que esta foi a única vez em que participou de um procedimento fraudulento dentro da AEED.

By Jornal da Direita Online

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