
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enviou um recado direto e contundente aos chamados “aliados” que vêm defendendo a saída de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da disputa presidencial de 2026. Em postagens publicadas em suas redes sociais, o parlamentar deixou claro que considera tais movimentações como verdadeiras chantagens e advertiu que esses movimentos não serão, em hipótese alguma, reconhecidos como atos de apoio ao ex-chefe do Executivo.
Atualmente residindo nos Estados Unidos desde fevereiro, Eduardo avaliou que o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para analisar a acusação da suposta tentativa de golpe de Estado, tem como objetivo central afastar Jair Bolsonaro da corrida eleitoral. Para ele, o processo em curso nada mais é do que uma armação política cuidadosamente orquestrada para forçar o ex-presidente a abrir mão de sua candidatura.
Em suas declarações, Eduardo Bolsonaro ressaltou que qualquer decisão política será tomada unicamente em conjunto com o próprio Jair Bolsonaro, e não por pressões externas ou articulações de bastidores. O deputado rejeitou com firmeza a ideia de que nomes alternativos poderiam representar uma “salvação” para a direita, reforçando que este tipo de articulação, principalmente às vésperas de um julgamento, apenas enfraquece a base de apoio e serve aos interesses dos adversários.
O parlamentar recorreu a uma metáfora forte para caracterizar o processo no Supremo. Segundo ele, a Corte estaria utilizando o julgamento como uma “faca no pescoço” do ex-presidente, em uma tentativa de chantageá-lo para desistir da disputa presidencial. Ainda assim, Eduardo Bolsonaro deixou claro que essa manobra não terá efeito, e que os que participarem dessa articulação não serão tratados como aliados: “Quem compactua com essa nojeira pode repetir mil vezes que é pró-Bolsonaro, mas não será percebido como apoiador”, disparou.
Ao encerrar sua manifestação, Eduardo Bolsonaro reforçou que a verdadeira lealdade a Jair Bolsonaro se mede por ações concretas, e não por declarações públicas de conveniência. Em sua visão, aqueles que de fato caminham ao lado de Bolsonaro precisam demonstrar coerência e fidelidade diante das dificuldades impostas pelo sistema. Seu recado foi categórico: “Na base da chantagem vocês não irão levar nada”, frisando que não aceitará ver o nome de seu pai rifado por interesses pessoais ou pressões políticas externas.