
Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação a autoridades no curso da ação penal do golpe de Estado. O relatório final foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, ambos responderão por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
Após o ocorrido, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou em suas redes sociais uma nota de esclarecimento sobre o relatório divulgado pela Polícia Federal a fim de esclarecer alguns pontos.
Leia na íntegra:
Nota de Esclarecimento – Eduardo Bolsonaro
Tomei conhecimento, pela imprensa, do relatório divulgado pela Polícia Federal e considero importante esclarecer alguns pontos:
1. Minha atuação nos Estados Unidos jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil. Sempre deixei claro que meu pleito é pelo restabelecimento das liberdades individuais no país, por meio da via legislativa, com foco no projeto de anistia que tramita no Congresso Nacional.
2. Causa espanto que a Polícia Federal (PF) aponte supostos partícipes de um crime absolutamente delirante, mas não identifique os autores. Se a tese da PF é de que haveria intenção de influenciar políticas de governo, o poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim em autoridades americanas, como o presidente Donald Trump, o Secretário Marco Rubio ou o Secretário do Tesouro Scott Bessent. Por que, então, a PF não os incluiu como autores? Omissão? Falta de coragem?
3. Vivo sob a jurisdição americana e, portanto, plenamente amparado pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que assegura não apenas a liberdade de expressão, mas também o direito de peticionar nossas demandas ao governo que rege a nossa jurisdição.
4. É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados. O objetivo é evidente: não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político.
5. Se o meu “crime” for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão.

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