
O deputado Guilherme Boulos intensificou sua narrativa ao associar o Congresso a uma guerra da direita contra os pobres, defendendo impostos mais pesados sobre bilionários e grandes bancos. Entretanto, um cidadão passava na rua afirmou que “o IOF não vai pegar quem tá lá em cima, vai pegar nós aqui! (…) Nós que vamos sofrer com tudo isso que está vindo por aí!”, desmontando a retórica do deputado e acusando a proposta de penalizar a população de baixa renda.
O comentário repercutiu nas redes, com ele explicando que um imposto sobre operações financeiras acaba incidindo sobre os pequenos, que pagam mais caro por empréstimos e financiamentos. Essa crítica chamou a atenção de economistas e parlamentares conservadores, que utilizaram o discurso para rebater o mote “ricos contra pobres” e questionar se a medida efetivamente taxaria os ricos. A pressão política sobre Boulos e o PT aumentou, com sua narrativa sendo tachada de demagógica por setores do mercado e da oposição.
O episódio mostra que, mesmo com apoio popular em parte da esquerda, há crescente resistência ao discurso tributário pontual. A campanha “Taxação BBB”, que busca mencionar bancos, bilionários e casas de apostas, enfrenta críticas de que ela pode gerar efeitos adversos para a classe média e a população vulnerável. O debate segue acirrado, enquanto Boulos tenta consolidar sua defesa da justiça fiscal diante da reação contrária ao discurso oficial.