
O clima no Palácio do Planalto é de desânimo total. De acordo com a coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, até assessores próximos ao presidente Lula já admitem que o governo está completamente sem rumo após uma série de derrotas no Congresso Nacional. A confissão de um dos assessores é direta e alarmante: “Aqui há um clima de apatia. A sensação geral é de busca de rumo”.
A fonte relatou que os auxiliares de Lula estão aguardando um “milagre político” — uma espécie de “bala de prata” — que possa virar o jogo. A expressão usada reflete exatamente o estado emocional de um governo que não consegue articular nem sua base no Parlamento. Mesmo com o apoio explícito de setores da velha imprensa e do sistema, o governo petista parece ter perdido o controle.
O enfraquecimento é visível: derrotas em votações-chave, recuos humilhantes e a incapacidade de mobilizar sua base já criaram fissuras internas. O que se vê é um Executivo desacreditado, sem liderança e cada vez mais isolado até mesmo entre aliados. Nem a narrativa do “governo da reconstrução” tem convencido mais os parlamentares.
A chamada “governabilidade” que Lula tanto alardeava em suas falas para a militância virou poeira. O centrão, que sempre foi pragmático, já não esconde o desconforto com a condução desastrosa do governo. Enquanto isso, cresce a percepção entre os próprios aliados de que o PT não tem um plano claro, nem para a economia, nem para a política.
A imagem transmitida pelo assessor é a de um governo que se aproxima do fim antes mesmo da metade do mandato. Um Planalto em silêncio, rodeado por uma base rachada, e um presidente que parece mais interessado em viagens do que em governar o país. Lula derrete — e os próprios petistas sabem disso.