A revogação do decreto que elevava o IOF mergulhou o governo Lula em uma crise fiscal sem precedentes. Com o veto do Congresso, o Planalto estima um bloqueio orçamentário de até R$ 12 bilhões, cifra que ameaça paralisar programas e travar R$ 3 bilhões em emendas parlamentares — dinheiro vital para manter aliados sob rédea curta.

Pressionado, Lula reuniu sua equipe econômica e líderes políticos para discutir saídas emergenciais. Entre as opções estão cortes de verbas nos ministérios, pressão direta sobre as emendas parlamentares e até a judicialização no STF, estratégia já criticada por analistas como tentativa de “governar via canetada” quando falta voto no plenário.

A equipe também cogita uma ampla reforma ministerial para sinalizar poder de fogo à base, mas o risco é alto: trocar peças agora pode expor ainda mais a fragilidade do Executivo em meio a um Congresso hostil. O recado do Planalto é claro — se faltar dinheiro, o aperto atingirá deputados e senadores na mesma proporção, com 25 % do ajuste recaindo sobre projetos do Legislativo.

O aumento do IOF, anunciado em maio, prometia reforçar o caixa em mais de R$ 20 bilhões e garantir o tão alardeado equilíbrio fiscal de 2025. A reação negativa foi imediata, e a votação relâmpago que derrubou o decreto escancarou a derrota política do governo. Especialistas veem o episódio como mais um sinal de governabilidade em xeque.

Agora, Lula encara um dilema: ajustar as contas sem perder sustentação parlamentar. Enquanto o desespero cresce nos bastidores, a incerteza paira sobre servidores, prefeitos e empresas que dependem dos repasses federais. O Executivo precisa se mover rápido — ou o rombo fiscal pode virar a pá de cal em um mandato já marcado por turbulência.

By Jornal da Direita Online

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