
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que Fábio Wajngarten e o advogado Paulo Cunha Bueno prestem depoimento à Polícia Federal. A decisão foi tomada no contexto da investigação sobre a suposta tentativa de golpe, tese repetida por setores da esquerda para manter Bolsonaro sob pressão.
Segundo a Polícia Federal, os dois teriam buscado informações privilegiadas sobre a delação de Mauro Cid. Para isso, se aproximaram de familiares do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso levanta suspeitas de perseguição política travestida de apuração judicial.
Fábio Wajngarten teria tentado conversar com a esposa de Mauro Cid, Gabriela, e até mesmo com a filha menor do militar. Já Paulo Cunha Bueno teria abordado a mãe do ex-ajudante, Agnes Cid, durante um evento em São Paulo. A tentativa seria convencer a família a rever a estratégia de defesa.
Para Moraes, as atitudes configuram obstrução de Justiça, o que justificaria a convocação dos depoimentos. O problema, segundo críticos, é o uso seletivo do Judiciário para sufocar vozes ligadas à oposição. A narrativa do “golpe” vem sendo usada como justificativa para medidas cada vez mais autoritárias.