
Mais uma vez, o inquérito da chamada “Abin Paralela” se revela um instrumento de perseguição ideológica, ao pedir o indiciamento de dezenas de nomes ligados ao governo Bolsonaro. O que antes era uma investigação virou um ataque direto aos direitos fundamentais, tentando transformar em crime qualquer crítica, denúncia ou simples exercício da liberdade de expressão.
No relatório da Polícia Federal, toda e qualquer manifestação política de direita é rotulada como “desinformação”, mesmo quando baseada em fatos públicos e notórios. A peça, que mais parece um manifesto ideológico, chega ao cúmulo de classificar os “Twitter Files” — escândalo internacional que expôs censura de autoridades — como se fosse uma farsa criada para atacar instituições democráticas.
A lógica por trás desse relatório é inverter a realidade: quem denuncia abusos vira criminoso; quem tenta expor a verdade, vira inimigo do Estado. A criminalização da produção de dossiês políticos, por exemplo, ignora que a esquerda sempre utilizou exatamente os mesmos métodos — inclusive de forma institucionalizada — para difamar, atacar e destruir reputações da direita.
O mais grave é que as mesmas práticas que agora são tratadas como crime quando partem da direita — como usar influenciadores, jornalistas e redes sociais para divulgar denúncias — são celebradas e premiadas quando partem da militância de esquerda. Isso escancara o uso seletivo da lei e a tentativa de eliminar a oposição política no Brasil pela força judicial.
A pergunta que não quer calar: se o trabalho de denunciar abusos virou crime, o que dizer da campanha permanente de difamação contra a direita feita pela mídia tradicional, com informações vazadas por órgãos do Estado? A resposta está clara — ser de direita virou, para o sistema, um risco a ser neutralizado.

