
A oposição não tem dado trégua ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na CPMI do INSS, comissão que apura a fraude bilionária contra aposentados e pensionistas em todo o Brasil. Já nas primeiras sessões, parlamentares revelaram dados alarmantes e fizeram duras acusações contra a base governista, que tenta conter o desgaste político.
Em entrevista ao Jornal da Cidade Online, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) afirmou que os números apresentados pela Defensoria Pública da União desmontam a versão de que os maiores descontos ocorreram em 2019. “Nossos velhinhos e velhinhas estão sendo roubados há anos! Segundo a defensora, foi em 2019 que houve mais descontos, mas isso não é verdade. Foi em 2024 que mais roubaram o país, quatro vezes mais do que em 2022”, destacou o parlamentar, exibindo gráficos que comprovam o aumento explosivo das perdas.
Já o deputado Mauricio Marcon (PODE-RS) lembrou que, em 2019, o governo Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória que praticamente colocava fim aos descontos irregulares. Entretanto, segundo o parlamentar, deputados petistas ligados à Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) atuaram para desidratar o projeto por meio de emendas, enfraquecendo a medida e permitindo que as fraudes continuassem.
Acusado diretamente, o governo reagiu e já promoveu sete trocas na composição da CPMI para tentar reduzir os impactos políticos. Porém, a oposição mantém a ofensiva e já apresentou 324 requerimentos para aprofundar as investigações. O escândalo ameaça se transformar em mais um grande desgaste para o Planalto, principalmente por envolver milhões de aposentados prejudicados.