
Nesta terça-feira (8), a Corte de Cassação da Itália julgou os recursos interpostos pela deputada Carla Zambelli. A parlamentar permanecerá detida na prisão de Rebibbia, em Roma, até o desfecho do processo de extradição para o Brasil.
Os defensores Pieremilio Sammarco e Angelo Alessandro Sammarco solicitaram que Zambelli esperasse o veredicto em liberdade ou sob prisão domiciliar. A corte rejeitou o argumento.A sentença foi proferida por um painel sob a presidência de Ercole Aprile, figura proeminente da “Magistratura Democrática”, a ala mais progressista da judicatura italiana — e o mesmo magistrado que sentenciou o ex-premier Silvio Berlusconi.
O futuro de uma congressista de direita do Brasil foi selado pelo juiz que contribuiu para a queda do político de centro-direita mais impactante da Itália contemporânea.O acórdão da Cassação será formalizado nesta quinta-feira, 9 de outubro, mas o resultado é inequívoco: Zambelli segue encarcerada, e o processo avança para a Corte de Apelação de Roma.
O que salta aos olhos é o equívoco fatal da deputada ao optar pelo asilo na Itália. Se tivesse permanecido nos Estados Unidos, estaria solta e com amplas alternativas para prosseguir sua trajetória.