O coronel Antônio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), teve todas as suas contas bancárias bloqueadas por ordem do STF. A decisão faz parte de uma investigação sigilosa conduzida pela Corte e envolvendo o chamado Inquérito das Fake News, que apura ameaças e disseminação de desinformação contra o STF e suas autoridades.
Antônio, que já foi secretário de Segurança Pública de Caucaia (CE) e comandante da Força Nacional durante o governo Bolsonaro, havia se afastado do cargo por alegar que enfrentava situações em razão de “doença em pessoa da família” — no caso, sua esposa. A suspensão das contas decorre do avanço da apuração no STF, que agora inclui oficialmente o militar entre os investigados.
Fontes indicam que o bloqueio bancário foi determinado mesmo antes de qualquer denúncia formal, como medida cautelar para preservar provas e impedir o uso de recursos financeiros na continuidade da ação investigativa. Até o momento, não há detalhes públicos sobre valores ou movimentações afetadas.
A inclusão de Antônio no inquérito representa uma extensão das medidas contra aliados políticos da deputada, que já enfrenta condenação a dez anos de prisão por integrar suposto esquema de invasão ao sistema do CNJ, em ação vinculada ao hacker Walter Delgatti. O caso reforça a atuação em rede das investigações promovidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Em síntese, o STF bloqueou as contas bancárias do marido de Carla Zambelli como parte de uma investigação sigilosa sobre disseminação de fake news. A medida é preventiva e reforça o escopo da ação judicial, que pode incluir outras restrições conforme o desenrolar das apurações.