A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira (28) duas operações simultâneas para atacar de frente a atuação do crime organizado na cadeia de combustíveis. As ações têm como foco desarticular esquemas de lavagem de dinheiro que movimentavam bilhões e estavam diretamente ligados a organizações criminosas como o PCC, responsável por dominar o submundo do crime no país.
Segundo as autoridades, as operações miram não apenas os executores, mas também toda a rede de sustentação financeira que alimenta esses grupos. A investigação já apontou ramificações em dez estados brasileiros, revelando a dimensão da infiltração do crime organizado em setores estratégicos da economia. A movimentação bilionária no setor de combustíveis mostra o quanto o crime se sofisticou para lavar recursos ilícitos e financiar atividades ilegais.
O senador Flávio Bolsonaro utilizou as redes sociais para criticar a tentativa do governo Lula de se apropriar politicamente da operação. Em publicação no X, ele destacou a importância da ação, mas ironizou as duas coletivas realizadas: uma em Brasília, com a PF e representantes do governo, e outra em São Paulo, conduzida por técnicos do Ministério Público e da Receita Federal. Flávio ressaltou que a investigação foi conduzida pelo GAECO, com apoio da Receita, e não pelo governo petista.
O parlamentar ainda acusou o PT de tentar capitalizar em cima do trabalho das instituições independentes. Em tom firme, afirmou: “Está no DNA do PT roubar… até o suor do trabalho dos outros”. A fala reflete a indignação de parte da sociedade com a postura do governo, que tenta se apresentar como linha dura contra o crime organizado, mas cuja gestão é vista por críticos como permissiva e até mesmo benéfica para facções, lembrando o cenário de “presídios em festa” após a vitória de Lula em 2022.