
Durante uma audiência recente no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado Deltan Dallagnol revelou o que chamou de “plano de Moraes para silenciar Bolsonaro”. Segundo Dallagnol, o ministro Alexandre de Moraes estaria utilizando o processo judicial como ferramenta para constranger e calar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ele destacou que Moraes marcou para o dia 9 de junho, às 14h, o depoimento presencial de Bolsonaro e mais sete réus na ação que investiga uma suposta trama golpista. Dallagnol argumenta que essa estratégia visa desgastar a imagem de Bolsonaro perante a opinião pública.
Além disso, reportagens anteriores indicam que Moraes teria escolhido alvos de investigação e solicitado ajustes em relatórios contra bolsonaristas. Mensagens trocadas entre membros do gabinete de Moraes e a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, em alguns casos, os relatórios eram modificados para embasar ações como multas ou bloqueios de contas e redes sociais. Essas práticas levantam preocupações sobre a imparcialidade e a legalidade das investigações conduzidas sob sua supervisão.
A defesa de Bolsonaro também solicitou a suspensão das audiências com testemunhas, alegando que não teve tempo suficiente para analisar o novo material probatório disponibilizado pela Polícia Federal. No entanto, Moraes negou o pedido, afirmando que as novas provas não alteram os fundamentos da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Essa decisão foi interpretada por aliados de Bolsonaro como mais uma tentativa de cercear sua defesa e pressioná-lo judicialmente.
Esses acontecimentos têm gerado debates sobre a atuação do Judiciário e a necessidade de garantir o devido processo legal e a imparcialidade nas investigações, especialmente em casos que envolvem figuras políticas de destaque.