
A notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi abordado por uma oficial de Justiça dentro da UTI do Hospital DF Star, em Brasília, causou revolta entre seus apoiadores e trouxe à tona, mais uma vez, o grau de abuso que certos setores do Judiciário estão dispostos a cometer. Internado e em estado delicado, Bolsonaro foi obrigado a assinar documentos enviados pelo STF em um ato que ultrapassa qualquer limite de razoabilidade.
O próprio Bolsonaro descreveu a situação com indignação. Segundo ele, a oficial chegou a forçar a entrada na UTI: “Assinei depois de 15 minutos. A oficial de Justiça botou o pé na porta da UTI e entrou para que eu assinasse. A oficial confessou que estava cumprindo ordens. Adivinha de quem?”, relatou, em tom de denúncia.
A justificativa do STF para a intimação é ainda mais absurda. Em nota oficial, o tribunal afirmou que havia uma orientação para aguardar uma ocasião mais apropriada, em respeito à situação clínica do ex-presidente. No entanto, o fato de Bolsonaro ter feito uma live no dia anterior foi interpretado como prova de que ele estaria em condições de receber a intimação.
A Corte afirmou: “A divulgação de live realizada pelo ex-presidente na data de ontem (22/4) demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje (23/4)”. Ou seja, segundo o STF, se o paciente consegue gravar um vídeo, então está automaticamente apto a ser legalmente pressionado, mesmo dentro de uma UTI.
A atitude do tribunal, liderado por ministros que se tornaram símbolos do autoritarismo jurídico, escancara o clima de perseguição política que vem se agravando nos últimos anos. A busca por uma notificação dentro de um ambiente hospitalar não tem respaldo ético e muito menos moral. O episódio é mais um retrato da instrumentalização da Justiça para fins políticos.
Para muitos, o que se viu foi uma clara afronta à dignidade do ex-presidente, em um momento de fragilidade física e pessoal. A ação do STF tem gerado duras críticas nas redes sociais e entre juristas que ainda prezam pelos princípios do devido processo legal. Mais do que uma intimação, o que ocorreu foi um espetáculo de truculência institucional.