
O PT não tem qualquer interesse em apurar as falcatruas no INSS. Isso é óbvio: se a investigação avançar de fato, o governo Lula será inevitavelmente implicado até o pescoço. Afinal, a corrupção é parte do DNA petista, e a volta ao poder trouxe de novo a sede pelos velhos esquemas de desvio.
Diante da pressão, a estratégia do partido é criar uma cortina de fumaça. Agora, tenta convocar o senador Sérgio Moro para depor na CPMI do INSS, mesmo sem qualquer relação entre o período em que comandou o Ministério da Justiça e as fraudes nos benefícios previdenciários.
A resposta de Moro foi arrasadora e desmoralizante. “Vejo que o PT, desesperado por erguer cortina de fumaça, quer me convocar para depor na CPMI do INSS. O Ministério da Justiça e Segurança Pública que comandei nunca lidou com descontos em aposentadorias ou pensões, então o requerimento é ridículo. Apesar disso, posso ir de bom grado falar, pois sou especialista em desmontar os esquemas de roubo do PT e posso dar informações sobre como eles funcionam”, declarou.
Moro ainda lembrou que, ao contrário dele, Lula tem um irmão diretamente ligado a sindicato beneficiado pela fraude. “Eu não tenho, igual ao Lula, irmão que preside sindicato beneficiado pela fraude contra os aposentados. E foi o Lula e não eu quem nomeou o ex-presidente do INSS que é suspeito de receber propina”, completou o senador, jogando luz sobre o envolvimento direto da cúpula petista no escândalo.
A tentativa petista de transformar a CPMI em circo pode acabar em tiro pela culatra, expondo ainda mais o governo e reforçando as acusações de corrupção que perseguem o partido desde sempre.